Museus e galerias nos remetem a lugares de respeito, silêncio e contemplação. Tocar em uma obra de arte é algo impensável. No entanto, o mesmo não acontece quando as obras estão expostas em espaços públicos.
Quando artistas decidem espalhar suas obras pela cidade, eles aproximam o público da arte. Mas tal aproximação não se restringe somente a uma contemplação passiva em um cenário diferente. O deslocamento de um local restrito para um local de passagem faz nascer outra relação entre o público e a obra.
O projeto LAMBE começou com fotografias de um grupo de artistas espalhadas por muros de diversos bairros do RIO DE JANEIRO. Ao acompanharem as obras, o grupo foi percebendo intervenções diversas, algumas feitas por fatores naturais, outras feitas pelo público.
Assim como a técnica oriental KINTSUGI que repara objetos quebrados com ouro, os artistas valorizaram a beleza da impermanência, das “cicatrizes” e da imperfeição, compreendendo que as obras ganharam ainda mais camadas a partir das intervenções. Logo, o registro das obras expostas deu origem a uma nova proposta, uma publicação virtual com curadoria de MARCOS BONISSON.
A LAMBE foi criada a partir do projeto LAMBE-LAMBE produzido pelo coletivo LIVRO INVENTADO em 2019. No dia em que publicamos este texto no blog, 2 de outubro de 2020, está programada a LIVE de lançamento da revista, às 19h no Facebook e YouTube da LOVELY HOUSE.
A LIVE de lançamento da publicação da PISCINA PÚBLICA EDIÇÕES contará com a presença dos 30 participantes do coletivo LIVRO INVENTADO e do curador MARCOS BONISSON em um bate-papo sobre o projeto.
Prestigiem!
Escrito por Lili Figueiredo
Imagem: divulgação