Para muitos fotógrafos, publicar um fotolivro é uma grande realização! E não é para menos, já que a partir dele as suas fotografias poderão alcançar um público ainda maior do que alcançariam percorrendo outros caminhos.
Imagina uma reunião: autores, uma pesquisadora, idealizadores de uma casa de publicações de títulos de arte selecionados e editores de fotolivros. A conversa certamente renderia boas reflexões sobre o mercado e dicas preciosas para quem quer lançar um trabalho neste formato.
O bate-papo SOBRE LIVROS E FOTOGRAFIAS: AS DORES E AS DELÍCIAS DE FAZER FOTOLIVRO aconteceu em agosto de 2020 no PEQUENO ENCONTRO DA FOTOGRAFIA. O evento contou com MARINA FELDHUES (FORNADA FOTOLIVROS e FOTOFEIRA LIVRE), LUCIANA MOLISANI e JOSÉ FUJOCKA (LOVELY HOUSE), LÍGIA FERNANDES e VALDEMIR CUNHA (ORIGEM EDITORA), além da ilustre mediação de EDUARDO QUEIROGA, um dos organizadores do festival e autor do fotolivro CORDÃO.
A partir deste maravilhoso encontro, selecionamos 4 reflexões que podem ajudar quem deseja lançar o seu próprio fotolivro!
1. Responda primeiro a seguinte pergunta: por que o trabalho tem que ser um livro?
É a partir desta reflexão que um bom fotolivro nasce. Ter um livro publicado não é um certificado de maior habilidade, seriedade ou competência. O que realmente importa é o conteúdo.
2. Encontre o editor certo para o seu livro!
É importante compreender que cada editor tem uma determinada visão e trabalha de um jeito próprio. Encontre o que esteja mais alinhado com a sua forma de ver o seu projeto fotográfico. Caso contrário, você poderá até fazer um livro excelente, mas que não representa o projeto que você idealizou.
3. É possível se autopublicar?
Sim! Os autores antes dependiam de grandes editoras, mas atualmente os conhecimentos e as ferramentas estão mais acessíveis aos dispostos. Além disso, os avanços tecnológicos viabilizaram a produção de livros em tiragens reduzidas, o que facilita a autopublicação.
Mas, claro, contar com um profissional experiente e capacitado vai enriquecer o seu projeto e facilitar bastante o caminho.
4. Vale apostar no formato Zine!
Livros tradicionais podem custar caro para serem feitos e adquiridos. O Zine possui custos mais baixo de produção e pode ser um bom canal para que o seu trabalho comece a circular. Há casos de fotógrafos que foram chamados para fazer exposições e publicarem em editoras maiores a partir de zines. Além disso, é um espaço que permite uma abertura maior para experimentações e um maior controle do projeto por parte do autor.
Para assistir ao encontro completo, clique aqui.
E já que estamos conversando sobre fotolivros, aproveitamos para anunciar que em breve a FOTOTECH lançará um fotolivro com imagens da quarentena feitas pelos seus associados. Ele já está em produção e tem como editor VALDEMIR CUNHA da ORIGEM EDITORA.
Escrito por Lili Figueiredo
Imagem: Mabbom Santos